quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

O Caminho das Pedras Capítulo 4 (1) O banco

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-Eu gostei da cantada, mas ele é petulante, pretencioso.

Estavam no banco do lado da Biblioteca, Letícia olhava nos olhos dela.

-Você o ama.

-Amo? Temho ódio dele! Além de petulante ele é... ridículo!
Parece daqueles metidos a guru.
Intelectualidade de merda!
Pode apostar que passa o tempo fazendo Ioga,
olhando o próprio umbigo.

-Mas você gosta dele.

Janaína levantou os olhos para o céu azul.

-Sim, eu gosto...
Mas ele é muito chato.
Se quero ter um filho o espermatozóide deveria vir em outra embalagem.
Homem é muito chato, se bem que a forma ainda seja
mais bonita que garrafa de Coca-Cola.
Não, não da para encarar, vou pensar
em outro com mais jeito de pai.

Afinal, eu estou me tornando uma caçadora de doadores de sêmen
e não toparia um negócio destes com um ser que só
pensasse no êxtase da concepção como mais 
uma fotografia a ser tirada.

Que diabos é o homem afinal?

Esse homem principalmente, que consegue uma vaga na Universidade
por alguma razão, e não é por ter feito os outros de bobo.
O que é então este continum de cliches
que ele usa?
É tudo tão supérfluo e esquisito ao mesmo tempo...

Letícia interveio
-Ele não é chato, é hipnotizante.
Ele tem uma meneira de falar de quem entende de algo que passa para os
outros, mas ele próprio não acredita nisto.
Como se estivesse cansado de dizer a mesma coisa e não ser entendido.
E continua a montar estes jogos.
Perdeu-se no próprio pensamento e só sai desentocado

Ele tem uma vida interior Jana, está claro!

Só não tem o link com as pessoas

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