segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Lembrança





Sou eu
que conversa
com Você


Seja Eu
um espírito
Santo


seja Eu
a lembrança
de um fato

Históricamente
viva-mente
Sou real

Espiritualmente
 Sou real..


Como a Lei que rege
o
Cosmo

Sou
Homem
Deus
Mito





sábado, 1 de dezembro de 2012

Silêncio da Manhã


O silêncio é a porta.
 A paz interior é a porta. 
A não-violência é a porta. 
O amor e a compaixão são as portas.



As portas
se abrem 
para o caminho

O caminho passa
por todas as portas

Elas abrem para o lado certo
não para aquele 
que você força


Não force a porta


O silêncio vem
A compaixão vem

O amor vem

Deus
vem

Não force







A ressonância 

é a mesma

Em todas
as flutuações
do Cosmo

Não pergunte
por quê

Não há um por quê

Apenas


Eu Sou

aquele que é

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Xadrez Mental



Vamos jogar "xadrez mental"


Salim



É um jogo simples,



se você gosta de mim





Aqui estão as peças,

Todas ao teu redor

veja só.



TEO



Joga para



Tu



e



Tu



Joga para mim.







E assim



começa o o jogo



Eu e e tu



como louco



Para tudo em mim



Jogar enfim



Para tudo em nós

Jogar



a Voz.









O diálogo



sincero





Entre um especialista



Um artista





Um louco



Ezquizofrênico







Ebifrenico










Hebefrenia (do grego. hébe, mocidade + phrén, inteligência, alma) é uma enfermidade mental própria de adolescentes e que conduzia rapidamente à loucura. Foi inicialmente descrita em 1863 pelo médico alemão Karl Kahlbaum. Em 1871, Ewald Hecker, discípulo de Kahlbaum, apresentou uma análise mais detalhada da hebefrenia, caracterizando-a por um “‘afeto bobo, pueril’, por alterações comportamentais graves e desagregação progressiva do pensamento”. Em 1884, Kahlbaum fez menção a um outro grupo de pacientes, que o autor descreveu com detalhes em 1890: o grupo dos adolescentes hebóides (“jovens viciados, instáveis, caprichosos, sujeitos à cólera”.

Enquanto os hebefrênicos manifestavam sintomas evidentes de loucura, os jovens hebóides apresentavam alterações, principalmente, nos âmbitos das relações sociais e da personalidade, através de flutuações abruptas do humor e do comportamento: “Oscilam rapidamente de um estado melancólico para um expansivo, ficando facilmente irados. São jovens que, embora pensem e raciocinem corretamente, discutindo os mais variados assuntos com facilidade, têm de fato uma certa dificuldade em apreender de forma precisa a realidade. Entretanto, apesar desta forma de pensar dispersa e pouco útil, os hebóides, ao contrário dos hebefrênicos, não apresentam idéias delirantes verdadeiras”.


A esquizofrenia hebefrénica é uma forma de esquizofrenia caracterizada pela presença proeminente de uma perturbação dos afetos; as idéias delirantes e as alucinações são fugazes e fragmentárias, o comportamento é irresponsável e imprevisível; existem freqüentemente maneirismos. O afeto é superficial e inapropriado. O pensamento é desorganizado e o discurso incoerente. Há uma tendência ao isolamento social. Geralmente o prognóstico é desfavorável devido ao rápido desenvolvimento de sintomas "negativos", particularmente um embotamento do afeto e perda da volição. A hebefrenia deveria normalmente ser somente diagnosticada em adolescentes e em adultos jovens.






Joquemos então o jogo



Parceiro de antão



Joga Tu



joga



ao averso





Parceiro do Universo












Você é hebóíde e eu sou hebifrênico,
e criamos um diálogo

neste tom. vai lá:









Como loucos





Você

joga





All games



ao poucos





Coloquemos então este diálogo



cortado

e inalterado



Trovado



para ficar na história



tudo que se dá glória



sexta-feira, 23 de novembro de 2012


A Arte de Viver: Meditação Vipassana


  Todos buscam paz e harmonia, porque isto é o que falta em nossas vidas. De quando em quando todos nós experimentamos agitação, irritação, desarmonia. E, quando somos atormentados por esses sofrimentos, não os restringimos a nós mesmos; freqüentemente os distribuímos aos outros também. A infelicidade permeia a atmosfera que circunda a pessoa que sofre e todos que entram em contato com ela também são afetados. Certamente, esse não é um modo apropriado de viver.
Devemos viver em paz com nós mesmos e em paz com os outros. Afinal, seres humanos são seres sociais, têm de viver em sociedade e lidar uns com os outros. Mas como podemos viver pacificamente? Como mantermo-nos em harmonia interior e mantermos a paz e a harmonia ao nosso redor, de forma que também os outros possam viver pacífica e harmoniosamente?
Para livrarmo-nos de nosso sofrimento, temos de saber a razão básica para sua existência, a causa do sofrimento. Se investigarmos o problema, torna-se claro que sempre que começamos a gerar qualquer negatividade ou impureza na mente, certamente nos tornaremos infelizes. Uma negatividade na mente, uma impureza mental não pode coexistir com a paz e a harmonia.
Como geramos negatividades? De novo, através da investigação, torna-se claro. Ficamos infelizes quando achamos que alguém age de uma maneira que não gostamos ou quando não gostamos de alguma coisa que acontece. Coisas que não desejamos acontecem e criamos tensão interior. Coisas que queremos não acontecem, alguns obstáculos aparecem no caminho, e novamente criamos tensão interior; começamos a atar "nós" internos. E, pela vida afora, coisas indesejadas continuam a acontecer e as desejadas podem ou não acontecer, e este processo de reação, de atar nós — nós górdios — faz toda a estrutura física e mental tão tensas, tão cheias de negatividade, que a vida torna-se um sofrimento.
Uma forma de resolver este problema é dar um jeito para que nada de desagradável aconteça na vida e que tudo aconteça exatamente como queremos. Temos de desenvolver o poder de fazer com que tudo que desejamos aconteça e o que não desejamos não aconteça, ou ter alguém com tal poder que nos ajude sempre que solicitarmos. Mas isso é impossível. Não há ninguém no mundo cujos desejos sejam sempre satisfeitos, em cuja vida tudo ocorre de acordo com sua vontade, sem nada indesejável acontecer. Fatos contrários à nossa vontade e ao nosso desejo constantemente ocorrem. Portanto, surge uma pergunta: como podemos parar de reagir cegamente às coisas de que não gostamos? Como podemos parar de gerar tensões e permanecer pacíficos e harmônicos?
Na Índia, assim como em outros países, pessoas sábias e santas estudaram esse problema — o problema do sofrimento humano — e encontraram uma solução: se algo indesejável ocorre e você começa a reagir gerando raiva, medo ou qualquer outra negatividade, então, você deve desviar sua atenção o mais rapidamente possível para uma outra coisa qualquer. Por exemplo, levante-se, pegue um copo d'água, comece a bebê-la e sua raiva não se multiplicará; pelo contrário, começará a diminuir. Ou comece a contar: um, dois, três, quatro. Ou comece a repetir uma palavra, ou uma frase, ou algum mantra: talvez o nome de um santo ou divindade na qual você tenha devoção. A mente se distrairá e, até certo ponto, você estará livre da negatividade, livre da raiva.
Essa solução foi útil, deu certo. Ainda dá. Praticando isso, a mente sente-se livre da agitação. Entretanto, essa solução atua apenas no nível consciente. Na verdade, ao desviar a atenção, você empurra a negatividade profundamente para o inconsciente e, nesse nível, continua a gerar e multiplicar a mesma impureza. Na superfície há uma camada de paz e harmonia, mas nas profundezas da mente jaz um vulcão adormecido de negatividade reprimida que, mais cedo ou mais tarde, explodirá em violenta erupção.
Outros exploradores da verdade interior foram ainda mais longe em sua busca e, experimentando a realidade da mente e da matéria neles mesmos, concluíram que desviar a atenção é apenas fugir do problema. Fugir não é a solução; você tem de enfrentar o problema. Toda vez que a negatividade surgir na mente, simplesmente observe-a, enfrente-a. Assim que começar a observar uma impureza mental, ela começará a perder sua força e lentamente ela murcha e desaparece.
Uma boa solução: evitar os dois extremos da repressão e da livre manifestação. Enterrar a negatividade no inconsciente não a erradicará; e permitir sua manifestação com ações verbais ou físicas prejudiciais apenas criará mais problemas. Mas se você apenas observar, então, a impureza desaparecerá e você estará livre dela.
Isso parece maravilhoso, mas será realmente praticável? Não é fácil encarar suas próprias impurezas. Quando a raiva surge, apodera-se de nós tão rapidamente que nem mesmo percebemos. Então, dominados por ela, falamos ou fazemos coisas que prejudicam aos outros e a nós mesmos. Mais tarde, quando ela passa, começamos a chorar e nos arrependemos, pedindo perdão aos outros e a Deus: "Oh, cometi um erro, por favor, me desculpe!". Mas da próxima vez em que nos encontrarmos numa situação semelhante, reagimos da mesma forma. Esse tipo de arrependimento não ajuda em nada.
A dificuldade é que não temos consciência quando uma impureza surge. Ela surge profundamente na mente inconsciente e, quando chega ao nível consciente, já ganhou tanta força que toma conta de nós sem que possamos observá-la.
Vamos supor que eu contrate um secretário particular e toda vez que a raiva surja ele diga: "olhe, a raiva está começando!". Como não sei a que horas ela começa, terei de contratar três secretários para os três turnos: manhã, tarde e noite! Suponhamos que possa arcar com isso e que a raiva comece. Assim que meu secretário me avise, "oh, veja — a raiva começou!" a primeira coisa que farei é repreendê-lo: "Seu tolo, acha que é pago para me ensinar?" Estou tão dominado pela raiva que bom conselho não adianta
Suponhamos que o discernimento prevaleça e eu não o repreenda. Em vez disso, digo: "Muito obrigado. Agora preciso me sentar e observar minha raiva." Será que é possível? Ao fechar os olhos e tentar observar a raiva, o objeto da minha raiva imediatamente surge em minha mente — a pessoa ou o fato que a iniciou. Logo, não estarei observando a raiva pura, mas meramente o estímulo externo dessa emoção. Isso servirá apenas para multiplicar a raiva; e, portanto, não é a solução. É muito difícil observar qualquer negatividade abstrata ou emoção abstrata divorciada do objeto externo que originariamente foi responsável pelo seu surgimento.
Entretanto, alguém que atingiu a verdade última encontrou uma solução real. Descobriu que sempre que uma impureza surge na mente, duas coisas começam a acontecer simultaneamente no nível físico. Uma é que a respiração perde o seu ritmo normal. Começamos a respirar mais forte, sempre que a negatividade surge na mente. Isso é fácil de se observar. Num nível mais sutil, uma reação bioquímica começa no corpo, resultando numa sensação. Toda impureza irá gerar alguma sensação no corpo.
Isso oferece uma solução prática. Uma pessoa comum não pode observar impurezas abstratas da mente — medo, raiva ou paixão abstratos. Mas, com a prática e treinamento adequados, é muito fácil observar a respiração e as sensações corporais, ambas diretamente relacionadas às impurezas mentais.
A respiração e as sensações vão ajudar de duas formas. Primeiramente serão como que secretários particulares. Assim que uma negatividade surgir na mente, a respiração perderá sua normalidade; começará a gritar: "olhe, alguma coisa deu errado!". Eu não posso repreender minha respiração; tenho que aceitar esse aviso. Da mesma forma, as sensações vão dizer que algo vai mal. Então, sendo avisados, podemos começar a observar a respiração e as sensações e, muito rapidamente, veremos que a negatividade cessa.
Esse fenômeno físico-mental é como duas faces de uma moeda. Em uma das faces, estão os pensamentos e as emoções surgindo na mente; na outra, estão a respiração e as sensações corporais. Quaisquer pensamentos ou emoções, quaisquer impurezas mentais que surjam, manifestam-se na respiração e nas sensações daquele momento. Logo, observando a respiração ou as sensações, estamos, de fato, observando as impurezas mentais. Em vez de fugirmos do problema, estamos encarando a realidade como ela é. Como resultado, veremos que essas impurezas perdem sua força; não mais nos dominam como no passado. Se persistirmos, elas finalmente desaparecerão completamente e começaremos a viver uma vida pacífica e feliz, uma vida cada vez mais livre das negatividades.
Dessa forma, essa técnica de auto-observação mostra-nos a realidade em seus dois aspectos: interior e exterior. Previamente olhávamos apenas para fora, perdendo a verdade interior. Procurávamos sempre fora de nós a causa de nossa infelicidade; sempre culpávamos e tentávamos modificar a realidade externa. Ignorantes da realidade interior, nunca entendemos que a causa do sofrimento está dentro de nós, em nossas reações cegas às sensações boas e ruins.
Agora, com o treinamento, podemos ver o outro lado da moeda. Podemos tomar consciência da respiração e também do que acontece dentro de nós. O quer que seja, respiração ou sensação, aprendemos a simplesmente observá-la sem perder o equilíbrio mental. Paramos de reagir e de multiplicar nosso sofrimento. Ao contrário, deixamos as impurezas se manifestarem e desaparecerem.
Quanto mais praticamos essa técnica, mais rapidamente as negatividades desaparecerão. Pouco a pouco, a mente tornar-se-á livre de impurezas, tornar-se-á pura. Uma mente pura é sempre cheia de amor — amor desinteressado por todos os outros; cheia de compaixão pelas falhas e sofrimentos dos outros; cheia de alegria pelo seu sucesso e felicidade; cheia de equanimidade diante de qualquer situação.
Quando alguém atinge esse estágio, todo o seu padrão de vida muda. Não é mais possível fazer ou falar qualquer coisa que perturbe a paz e a alegria dos outros. Em vez disso, uma mente equilibrada não apenas torna-se pacífica, mas a atmosfera que cerca uma tal pessoa também se tornará permeada de paz e harmonia, e isso influenciará e ajudará a outros também.
Aprendendo a permanecer equilibrado diante de todas as coisas que se experimentam dentro de si, desenvolve-se o desapego também a tudo o que se encontra nas situações exteriores. No entanto, esse desapego não é escapismo ou indiferença aos problemas do mundo. Aqueles que praticam Vipassana regularmente tornam-se mais sensíveis ao sofrimento dos outros e fazem seu máximo para aliviar tal sofrimento em tudo que podem — não com agitação, mas com a mente cheia de amor, compaixão e equanimidade. Aprendem a "santa indiferença" — como estar totalmente compromissados, totalmente envolvidos em ajudar os outros, enquanto, ao mesmo tempo, mantêm o equilíbrio mental. Dessa forma, permanecem pacíficos e felizes enquanto trabalham para a paz e a felicidade de outros.
Esse foi o ensinamento do Buda: uma arte de viver. Ele nunca estabeleceu ou ensinou nenhuma religião, nenhum "ismo". Nunca instruiu aqueles que o procuravam a praticar qualquer rito, ou ritual, ou alguma formalidade vazia. Ao contrário, ensinava-os a observar a natureza tal como ela é, observando a realidade interior. Na ignorância continuamos a reagir de maneiras que prejudicam a nós e aos outros. Porém, quando a sabedoria surge — a sabedoria de observar a realidade como ela é — esse hábito de reagir vai embora, desaparece. Quando paramos de reagir cegamente, então, somos capazes da ação verdadeira — ação proveniente de uma mente equilibrada e equânime, uma mente que vê e compreende a verdade. Tal ação poderá ser tão somente positiva, criativa e benéfica para nós e para os outros.
Logo, o que é necessário é “conhecer-se a si mesmo” — conselho dado por todo sábio. Precisamos conhecer a nós mesmos, não apenas intelectualmente, no nível teórico e das idéias; e não apenas emocional ou devocionalmente, simplesmente aceitando cegamente o que ouvimos ou lemos. Tal conhecimento não é suficiente. Mais do que isso, precisamos conhecer a realidade experimentalmente. Precisamos experimentar diretamente a realidade desse fenômeno físico-mental. Só isso nos ajudará a libertar-nos de nosso sofrimento.
Essa experiência direta de nossa realidade interior, essa técnica de auto-observação é chamada de meditação "Vipassana". Na língua da Índia, nos tempos do Buda, passana significava ver no sentido comum, com os olhos abertos; mas Vipassana é observar as coisas como realmente são, não como parecem ser. A realidade aparente tem de ser penetrada, até alcançarmos a verdade última de toda a estrutura física e mental. Quando experimentamos essa verdade, então, aprendemos a parar de reagir cegamente, de criar impurezas — e, naturalmente, as antigas impurezas serão gradualmente erradicadas. Tornamo-nos libertados de todo o sofrimento e experimentamos a verdadeira felicidade.
Existem três passos para o treinamento dado em um curso de meditação. Primeiramente, deve-se se abster de toda ação, física ou verbal, que perturbe a paz e a harmonia dos outros. Não se pode trabalhar para se liberar das impurezas da mente e ao mesmo tempo cometer atos físicos ou verbais que somente as multipliquem. Portanto, um código de moralidade é o primeiro passo essencial da prática. Compromete-se a não matar, não roubar, não ter má conduta sexual, não mentir e não usar intoxicantes. Abstendo-se de tais ações, permite-se que a mente se acalme o suficiente para avançar no trabalho.
O próximo passo é desenvolver alguma maestria sobre essa mente selvagem por intermédio do treinamento em mantê-la fixa em um único objeto, a respiração. Tenta-se manter a atenção na respiração o maior tempo possível. Esse não é um exercício respiratório; não se controla a respiração. Em vez disso, observa-se o fluxo respiratório como ele é; como entra e sai. Dessa maneira, acalma-se a mente mais e mais, e ela não será dominada por negatividades intensas. Ao mesmo tempo concentra-se a mente, tornando-a aguçada e penetrante, capaz de realizar o trabalho de visão clara ("insight").
Esses dois primeiros passos, viver uma vida moral e controlar a mente, são muito benéficos e necessários por si só, mas levarão à repressão das negatividades, a não ser que se tome o terceiro passo: purificar a mente das impurezas, desenvolvendo a visão clara de sua própria natureza. Isso é Vipassana: experimentar a própria realidade pela observação sistemática e imparcial, dentro de si mesmo, de todo o fenômeno físico-mental sempre em mutação e que se manifesta como sensações. Essa é a essência dos ensinamentos do Buda: autopurificação através da auto-observação.
Isso pode ser praticado por um e por todos. Todas as pessoas enfrentam o problema do sofrimento. Essa é uma doença universal que requer um remédio universal, não-sectário. Quando alguém sofre com raiva, não é raiva budista, hindu ou cristã. Raiva é raiva. Quando alguém fica agitado em decorrência dessa raiva, essa agitação não é cristã ou judia ou muçulmana. A doença é universal. O remédio também tem de ser universal.
Vipassana é o remédio. Ninguém se oporá a um código de vida que respeita a paz e a harmonia dos outros. Ninguém pode se opor a desenvolver o controle da mente. Ninguém se oporá ao desenvolvimento da visão clara de sua própria natureza, por intermédio da qual é possível libertar a mente das negatividades. Vipassana é um caminho universal.
Observar a realidade como ela é por intermédio da observação interior — isso é conhecer-se a si mesmo direta e experimentalmente. Conforme pratica, a pessoa continua a se libertar do sofrimento das impurezas mentais. A partir da verdade aparente, grosseira, externa, pode-se penetrar a verdade última da mente e da matéria. Então, se transcende isso e experimenta-se uma verdade que está além da mente e da matéria, além do campo condicionado da relatividade: a verdade da libertação total de todas as impurezas, de todo o sofrimento. Não importa o nome que se dê à verdade última, isso é irrelevante; esse é o objetivo final de todos.
Que todos experimentem essa verdade fundamental! Que todos se libertem do sofrimento. Que todos desfrutem a verdadeira paz, a verdadeira harmonia, a verdadeira felicidade.
QUE TODOS OS SERES SEJAM FELIZES
O artigo acima é baseado em uma palestra proferida pelo Sr. S.N Goenka em Berna, Suíça.

http://www.dhamma.org/pt/art.shtml
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Fortaleza Reloaded



Que bem 
esta cadeia
cheia de teias

Amei-as

Soltam 
flechas



Nesta linha
Levam a teia


Des
linda

Nova
mente 

Linda
linha


Cadeia


Movem
Emoções
ações
removem

Investidas no banco
da memória


compacta
e intacta


Última
mente




mutualmente

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Encarnando




Como Deus dizia
no firmamento

Encarnando não lamento

Já tive ódios em revoluções
Já tive filhos em aflições

Amei a quem mais amei
e detestei
aquilo que não achei

Aquele vaso encarnado

Cheio de sangue e fel

Este era o último que 
queria
para meu amado fiel


Junto nós dois criamos o universo
e juntos o recriaremos

Como se fala de Brahma
Assim se fala de 

Jesus

Aquilo
ou isto

Tudo no
une a
Luz


Vou voltar isto sim
se decidir puder

Quantas vezes quis
acolher
esta e aquela mulher?

Tantas amei
tantas sangrei

O sangue
encarnado

caminhando ao lado


Reencarno 
se falo

Pois vivo a cada dia

Alvo

Luz branca a distância

Minha lembrança do devir

Luz amarela 
trais ela

Buscando a cada dia
servir

Ficou lindo 
ou ótimo
cada gota deste sangue

Derramado o
ódio
pelo reverso
deste transe

Sei que você entende

pois me ouviu falar

Sei que você ouve

pois esta canção
vai para o ar


Sai de mim deus cruel

Entra Deus fiel e triunfante

Trás apenas
o teu facho

de amor iluminado

Não vejo como dizer não

à encarnação
deste universo

No sim que desejo ter

abraço ao todo

por todo instante

Logo longe 
da prisão


 Passado
Distante na névoa
da dor

Trava!


Vai acordando ó encarnado

Sol que brilha ao redor

Vai suando este êxtase

de viver o seu melhor

Amém
Zen



segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Então

Um homem solteiro teria pesquisado mais
Mas para um homem casado não havia como encontrar o melhor para todos

A casa era pequena e sem ladrilhos
Andarilhos caminhavam naquela direção de bem longe
procurando alguém para acordar.

Naquele dia uma noz moscada apareceu na árvore junto ao varal
e um pântano guardava com suas moscas e sapos o fim do terreno

Foi quando comprou a casa

O homem decidiu ali consolidar sua razão existencial.
Nada de especial acontecia todo dia

As crianças vinham e iam
O tempo passava na entrada, onde um senhor de bigodes brancos teimava
em subestimar o declínio de sua estação.
Um odor no vaso da janela não era percebido

Fumava e cansava

E redondo trazia seu ventre

branco ao afagar das dores de hérnia.

Tinha tudo que o casamento trouxe: filhos

E duas meninas saltitavam em volta do avô
sem que ele percebesse
com seu olhar para o vazio.

então o outono trouxe o frio

E na noite suada ele acordou na janela
Olhando a noite
sem vida

nada mudava naquela situação

Tudo fora como era antes
e haveria de ser sempre

O Pantano chacoalhava com o coachar

A nuvem de moscas como que zunindo ao serem
devoradas, para de vez em quando uma pequena cobra verde trazer o repasto do falcão.

O colchão estava suado, amanhecia suado na noite fria,
e um gigante todas as noites aparecia fumando seu cigarro

Palha ao vento dizia

E ele entendia que palha era vento

trazendo lamento


Muitas noites se passaram

Toda uma imensidão de tempo

Ao vento

No ricochete da chuva
a janela gotejava o suor

Nada mais


Então

Osho e Jesus


"Ninguém é minha mãe..."






Você nasce com uma tremenda possibilidade de inteligência. Você nasce com uma luz dentro de você. Escute a tranquila e pequena voz dentro de você, e ela irá lhe guiar. Ninguém mais pode lhe guiar, ninguém mais poderá ser um modelo para sua vida, porque você é único. Jamais houve alguém que tenha sido exatamente como você, e jamais haverá alguém que seja exatamente como você. Esta é sua glória, sua grandeza - que você é totalmente insubstituível, que você é somente você mesmo e ninguém mais.





Jesus ainda era uma criancinha e seus pais foram ao grande templo para o festival anual. Jesus perdeu-se em meio à multidão, e só ao anoitecer seus pais puderam encontrá-lo. Ele estava sentado com alguns eruditos, apenas uma criança, e estava discutindo coisas com eles.



Seu pai disse, “Jesus, o que você está fazendo aqui? Estávamos preocupados com você.”

Jesus disse, “Não se preocupem. Eu estava cuidando dos negócios de meu pai.”

O pai falou, “Eu sou seu pai – e que negócio você está cuidando aqui? Sou um carpinteiro.”

Jesus disse, “Meu pai está no paraíso. Você não é meu pai.”



Assim como uma criança tem que deixar o corpo da mãe, senão ela morrerá – ela precisa sair do útero – o mesmo acontece mentalmente também. Um dia ela tem de sair do útero do pai e da mãe. Não só fisicamente, mas também mentalmente. Não só mentalmente, mas também espiritualmente.



E quando nasce a criança espiritual, tendo rompido completamente com o seu passado, pela primeira vez ela se torna um eu, uma realidade independente, sobre seus próprios pés. Antes disso ela era apenas uma parte da mãe, ou do pai, ou da família – mas nunca era ela mesma.



O que quer que você esteja fazendo, pensando, decidindo, preste atenção: isso está vindo de você ou é outra pessoa falando? E você ficará surpreso de descobrir a verdadeira voz; talvez seja sua mãe – você a ouvirá falar novamente. Talvez seja seu pai; não é tão difícil detectar. Isso permanece aí, gravado em você exatamente como lhe foi dado pela primeira vez – o conselho, a ordem, a disciplina, o mandamento.



Você pode encontrar muitas pessoas, o padre, os professores, os amigos, os vizinhos, os parentes. Não há nenhuma necessidade de lutar. Basta saber que essa não é sua voz mas a voz de outra pessoa – seja lá quem for essa outra pessoa – você sabe que você não vai seguir isso. Seja quais forem as consequências, agora você está decidido a mover-se por si mesmo, você está decidido a amadurecer. Você permaneceu criança por bastante tempo. Você permaneceu dependente por bastante tempo. Você ouviu todas essas vozes e as seguiu por bastante tempo. E aonde estas o levaram? Uma confusão.



Portanto, uma vez que você percebeu de quem são essas vozes, diga adeus a isso... pois a pessoa que lhe deu essa voz não era sua inimiga. A intensão dela não era ruim, mas a intensão dela não é a questão. O problema é que ela impõs algo sobre você que não está vindo de sua própria fonte interior; e qualquer coisa que esteja vindo de fora lhe faz um escravo psicológico.



Somente sua própria voz lhe conduzirá ao florescimento, à liberdade.         OSHO

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Remédio Reloaded

Tenho que escrever


alguém me disse para

escrever



Uma voz ausente



neste Universo inconsciente



Ela diz tudo para dizer



não faz agora

acontecer



Diz que além,

muito além



Numa terra distante e gloriosa

Uma jovem muy formosa

Há de vir ao seu encontro



Escreve nas linhas da

mão



na palma deste

pedaço

de carne arde



enscarnecido



pela que há de vir





Veja como escreve



Louco



escreve



Diz tudo para mim



diz que me ama mas



não confia



Não confia na matéria que não é matéria



de um eletron de computador



Não confia nas ideias



que não são ideias



que saem a esmo



deste desprezo



pela matéria



Tudo já foi escrito

descrito



esvaziado segue

unificado



segue a esmo



desprezo





Sem sentido



Porque o sentido



Porque o tema

A rima



esgrima como que já

foi dito



maldito



ou mal dizer



Dizer que te quiero



a esmo



desgosto



Nem rima com ao gosto





Restou mais para

esgrima do que

para futebol



No futebol há uma dança



na esgrima a lembrança de

São Paulo



Não o apóstolo



Embora um apóstolo venha

bem a calhar neste momento



Frito



Aflito



Não sei para onde vou agora



E você?



Sabe para onde vai...



Você sabe para onde está indo?



Vai ao paraíso de consumo



vai para a favela buscar a vela?



Vai aonde



Burguês entediado?



Ao acaso nesta ilha cósmi/óca



ôca



nenhum homem é uma ilka



nenhum omen é uma ilha



nenhum homem é uma ilha



Quantas vezes tenho que

dizer



para entender que este significado

não esta significando?



Não tem ilha

Não tem cosmo

não tem homem





não tem não comigo
comigo não!





Mas sim também

é uma opção

de dizer não



Não seu o não



não o meu não



O não de você não está comido



comigo



São rimas decifráveis





São Besteiras



Como posso falar com alguém

se este alguém é um troço?



Se este alguém está ai

e ao mesmo tempo não está



Isto é Deus



Vá a merda!!



Sussuro eu

no canto do corredor



Agachado com medo debaixo da mesa



Porque xinguei deus



Deus para com isto



Conversar é maldito



conversar com espiritos não leva a nada



Mas quem fala com você em sua mente?



Se não é um espirro



respiro



Quem se foi



quem será?



Quase nada esta em mim



tudo está fora



neste ao redor



entorno

como dizem as psicólogas



entorno do sagrado



Um ALFA de Omega por enquanto



escrita a esmo já era do tempo das cavernas



depois daquele filósofo com nome estranho

que só decifra sonhos



agir é só expirar



espirrar



estar conosco



e fim



Remédio





É um certo tédio



que me faz escrever





Algo que não sei as vezes

o quer dizer

porque ninguém diz

o que tem



por dentro



Mesmo escrevendo a esmo



a resma se esvai sem faltar



vírgula



Digo sem faltar



vírgula





Ponto de exclamação





Bem



as vezes



virgula



digo sempre



vírgula



aquilo que não quero dizer



Mas o que quero relativamente dizer





Ponto de exclamação





Remédio e tédio



é tedio



Beber da gota



sugar até o fim

o clonazepan





beber até um último trago



que tem gosto de Pêssgo, amargo





Beber do Haldol

que me faz não delirar



Mas não deliro nestas escritas

infinitas



neste gosto de escrevere à esmo





Desgosto



Dez gostos

de sorvete



prefiro chocolate



Os sorvetes bom tem qualquer gosto

contanto que seja chocolate





É o remédio da infância



Tomado em doses cavalares



chega de infância

virgula



vamos falar do passado

ponto



E o passado não me atrai mais do que o presente



Futuro nem existe



Rima contriste



Mas no fim tudo rima com tudo



rima pobre o u



rima rica



infinita

ahh





Porque mais além há uma coisa

inexplicável



Há o que subsiste em minha mente



no chocolate quente

deste verão sem troco



Não troco por nada



pois verão o troco