Um homem solteiro teria pesquisado mais
Mas para um homem casado não havia como encontrar o melhor para todos
A casa era pequena e sem ladrilhos
Andarilhos caminhavam naquela direção de bem longe
procurando alguém para acordar.
Naquele dia uma noz moscada apareceu na árvore junto ao varal
e um pântano guardava com suas moscas e sapos o fim do terreno
Foi quando comprou a casa
O homem decidiu ali consolidar sua razão existencial.
Nada de especial acontecia todo dia
As crianças vinham e iam
O tempo passava na entrada, onde um senhor de bigodes brancos teimava
em subestimar o declínio de sua estação.
Um odor no vaso da janela não era percebido
Fumava e cansava
E redondo trazia seu ventre
branco ao afagar das dores de hérnia.
Tinha tudo que o casamento trouxe: filhos
E duas meninas saltitavam em volta do avô
sem que ele percebesse
com seu olhar para o vazio.
então o outono trouxe o frio
E na noite suada ele acordou na janela
Olhando a noite
sem vida
nada mudava naquela situação
Tudo fora como era antes
e haveria de ser sempre
O Pantano chacoalhava com o coachar
A nuvem de moscas como que zunindo ao serem
devoradas, para de vez em quando uma pequena cobra verde trazer o repasto do falcão.
O colchão estava suado, amanhecia suado na noite fria,
e um gigante todas as noites aparecia fumando seu cigarro
Palha ao vento dizia
E ele entendia que palha era vento
trazendo lamento
Muitas noites se passaram
Toda uma imensidão de tempo
Ao vento
No ricochete da chuva
a janela gotejava o suor
Nada mais
Então
Nada mais
Então
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