sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Corte





Corte
a morte

faça
em pedaços
a vida

trânsmita

ao que

a sensação
de ser

o que não acontece

enaltece

o vão
entre
as estrelas

definha

assim
o próprio
ato
de viver

a morte

vem

e o corte
também

Na etérea

vida

espera

Sem este

caos

de esfera

Destrua tudo
que
em você

o que vê?

o vazio


O eterno
sem tempo
 templo

do  bem
estar

no ar

Como vácuo

num cálculo
de matemática

simbólica

no trânsito
deste planeta

em que não se vive

em corte
da morte

sem asas
para o
ar
sem pedras
para andar


sem mitos

sem cavernas

apenas
as eternas
musas
das primaveras

Mito

                                                                                                                                                                          


Tenho um mito

minto

Tenho um mito

minto

Além das distâncias

destes despejos
de desejos

alcanço
além

a procura
de alguém

o que
continua

nua

neste

mito
de mim


Se sei

que o mar

é pequeno

diante

do universo

sei também
que o universo
é pequeno
diante
de mim

Sei que minto

a Mim mesmo

fazendo
a esmo

o que posso 

para entrar

num canto
escuro

obscuro

de minha mente
volátil

qur
ampara
o tátil

de mãos amarradas

sem coragem

de dizer

eu mimto
o mito

Mito

de prazer

de querer ser
o que não
se é

de querer parar o tempo
e voltar
aos 22

depois

de alguma experiência

mas sem fronteiras
que hoje
me matam

o tempo

escrevendo

Seu caso

Sei assim

da ausência do mito

que minto
de mim
 mesmo

e sei 
que a caverna

continua lá

a espera
de mim
mesmo

sem parar

esperando

a resposta

que mata
a aurora