sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Corte





Corte
a morte

faça
em pedaços
a vida

trânsmita

ao que

a sensação
de ser

o que não acontece

enaltece

o vão
entre
as estrelas

definha

assim
o próprio
ato
de viver

a morte

vem

e o corte
também

Na etérea

vida

espera

Sem este

caos

de esfera

Destrua tudo
que
em você

o que vê?

o vazio


O eterno
sem tempo
 templo

do  bem
estar

no ar

Como vácuo

num cálculo
de matemática

simbólica

no trânsito
deste planeta

em que não se vive

em corte
da morte

sem asas
para o
ar
sem pedras
para andar


sem mitos

sem cavernas

apenas
as eternas
musas
das primaveras

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