quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Certo,
Há uma ordem em tudo e todos os pontos estão conectados.
a ordem se estabelece em volta de um eixo de espaço e tempo.
Lançado no momento se desdobra em atividades até o fim espaço-temporal do Universo.

Dobrar a ordem ou por-se em volta do eixo reordenado permite a visão reflexão sobre este si-próprio.
Lenta-paulatina-inexoravelmente
a ordem segue pelo interior do universo do ser.

Ordem magnífica!
Repórter de Ciência da BBC News

A Voyager está se aproximando da fronteira da bolha formada por partículas carregadas emitidas pelo Sol
A sonda espacial Voyager 1, lançada há 33 anos, está perto da fronteira do Sistema Solar.
A 17,4 bilhões de quilômetros de casa, a sonda é o objeto feito pelo homem mais distante da Terra e começou a identificar uma mudança nítida no fluxo de partículas à sua volta.
Estas partículas, emanadas pelo Sol, não estão mais se dirigindo para fora e sim se movimentando lateralmente.
Isso significa que a Voyager deve estar muito perto de dar o salto para o espaço interestelar - o espaço entre as estrelas.
Edward Stone, cientista do projeto Voyager, elogiou a sonda e as incríveis descobertas que ela continua enviando à Terra.
"Quando a Voyager foi lançada, a era espacial tinha apenas 20 anos de idade, então não era possível prever que uma sonda espacial pudesse durar tanto tempo", disse ele à BBC.
"Não tínhamos ideia do quanto teríamos que viajar para sair do Sistema Solar. Sabemos agora que em aproximadamente cinco anos devemos estar fora do Sistema Solar pela primeira vez."
'Partículas carregadas'
A Voyager 1 foi lançada no dia 5 de setembro de 1977, enquanto sua sonda gêmea, a Voyager 2, foi enviada ao espaço pouco antes, em 20 de agosto de 1977.
O objetivo inicial da Nasa era inspecionar os planetas Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, uma tarefa concluída em 1989.
As sondas gêmeas foram então enviadas na direção do centro da Via Láctea.
Abastecidos por suas fontes radioativas de energia, os instrumentos das sondas continuam funcionando bem e enviando informações à Terra, apesar de que a vasta distância envolvida significa que uma mensagem de rádio precisa viajar cerca de 16 horas.
As últimas descobertas vêm do detector de partículas de baixa energia da Voyager 1, que tem monitorado a velocidade dos ventos solares.
Esta corrente de partículas carregadas forma uma bolha em torno do nosso Sistema Solar conhecido como heliosfera. Os ventos viajam a uma velocidade "supersônica" até cruzar uma onda de choque no encontro com as partículas interestelares.
Nesse ponto, o vento reduz sua velocidade dramaticamente, gerando calor. A Voyager determinou que a velocidade do vento em sua localização chegou agora a zero.
Corrida
"Chegamos ao ponto em que o vento solar, que até agora tinha um movimento para fora, não está mais se movendo para fora; está apenas de movendo lateralmente para depois acabar descendo pelo rabo da heliosfera, que é um objeto com forma de cometa", disse Stone, que é baseado no Instituto de Tecnologia da Califórnia, em Pasadena.
O fenômeno é a consequência do vento indo de encontro à matéria vinda de outras estrelas. A fronteira entre os dois é o fim "oficial" do Sistema Solar, a heliopausa. Uma vez que a Voyager passar por isso, estará no espaço interestelar.
Os primeiros sinais de que a Voyager havia encontrado algo novo apareceram em junho. Vários meses de coleta de novos dados foram necessários para confirmar a observação.
"Quando percebi que estávamos recebendo zeros definitivos, fiquei maravilhado", disse Rob Decker, um pesquisador da Universidade Johns Hopkins que trabalha com o detector de partículas de baixa energia da Voyager.
"Ali estava a Voyager, uma sonda espacial que tem sido um burro de carga há 33 anos, nos mostrando algo completamente novo mais uma vez."

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

BBC Brasil
Atualizado em 5 de novembro, 2010 - 06:28 (Brasília) 08:28 GMT
Idosos ganham US$ 11 milhões na loteria e doam prêmio
Um casal de idosos do Canadá doou o prêmio de mais de US$ 11 milhões de dólares que ganhou na loteria.
Allen Large, 75, e Violet Large, 78, decidiram se livrar do dinheiro porque era uma "grande dor de cabeça".
"Você não sente saudade daquilo que nunca teve", afirmou Violet ao jornal local Halifax Chronicle-Herald.
"O dinheiro que ganhamos não é nada. Temos um ao outro", afirmou Allen.
O casal, que vive em Lower Truro, na província de Nova Scotia, ganhou US$ 11,2 milhões na loteria no dia 14 de julho, mas foi pego sem planos sobre o que fazer com o dinheiro.
Com a bolada nas mãos, segundo o diário Toronto Sun, Allen e Violet saíram em viagem pela província fazendo doações a hospitais, igrejas e associações de caridade.
A imprensa canadense afirma que Violet, que na época se submetia a um tratamento contra o câncer, se considerava felizarda apenas de poder estar vida.
"(Doar o dinheiro) nos fez sentir melhor", disse ela. "E há tanta coisa boa a ser feita com ele."

sábado, 7 de agosto de 2010

CASTELOS NA AREIA

Verão, férias escolares.
David acordou.
Naquele dia tão especial algo marcante precisava ser feito.
Algo que ele guardasse para sempre, que mostrasse aos outros o quanto de sua inteligência de engenheiro era capaz.
Ao sair da cama antes do café já havia arquitetado todo o plano.
Decidido, construiria o Castelo. Não um castelo, mas “O Castelo”.
O maior castelo já feito em toda a sua vida.

A praia o chamava. Às oito horas posse ao trabalho.
A pá, o balde, os soldadinhos reunidos, todos receberam suas ordens.
Juntos, sobre seu reino escavaram os alicerces.
Não muito longe das águas por estar seco,
Não muito perto.
para que o mar, à distância,
contemplasse sua obra.

Ploc, Ploc, Ploc .

Caindo, as gotas de areia molhada e salgada há formar o Castelo.
Torres altaneiras, com suas donzelas e Barões. Um fosso, outro mais.
Mais muralhas, mais donzelas e Barões.
Torres com guardas cuidando o Castelo, e bandeirolas apontando para o Infinito.
Mais torres, mais guardas e estandartes.
No páteo, os gritos dos cavalariços e pajens.
Campeões afiando suas espadas e trocando golpes para se exercitarem.
Relincho dos corcéis de guerra, com seus cavaleiros montados, a postos para as batalhas!

No sol a pino do meio dia era o maior Castelo do Universo.
Ninguém haveria de construir algo tão grandioso!
Comeu seu banquete feliz, realizado com a obra de suas mãos triunfantes.
Os que passavam na praia observavam aquela maravilha, admirados com o poder do Rei.

Então, ao meio da tarde, a maré.
As ondas batiam e espumavam como hordas de bárbaros,
lentamente se aproximando de seus domínios de criança.

David lutou com todas as forças contra aquele Golias.
Para detê-los seus guardas cavaram mais fossos, mais torres, mais areia.
Em cada bravo de seu exército duas mãos fortes combatiam a ruína.

Ao por do sol sua Mãe veio chamá-lo.
Cansado, David entregou-se e deixou o campo de batalha.

No último olhar para trás,
Ao cair da derradeira torre,
seu castelo deixou de existir.

Não mais Soldados, não mais Barões.
Não mais Princesas nem Dragões.

Na orla do mar,
um imenso monte de areia amorfa
lentamente se dissolvendo no retorno à matéria inerte,
destituída de sonhos.

Seu coração constrangeu-se ante aquele momento.
Algo que não podia explicar.
A Eternidade carregando sua infância.

Era seu aniversário.
Tinha então onze anos.


Ernesto Lima

terça-feira, 9 de março de 2010

Britânico salva pelotão ao lançar de volta granada jogada por talebãs
Um soldado britânico salvou sua própria vida e a de dois companheiros de pelotão ao pegar do chão e atirar de volta uma granada lançada contra eles por combatentes talebãs, na cidade afegã de Sangin.
Em entrevista à repórter da BBC Caroline Wyatt, o fuzileiro James McKie contou que no último dia 3 de março estava sobre um estreito telhado em Sangin, junto aos dois outros membros de seu pelotão, se protegendo dos tiros disparados pelos combatentes talebãs.
O militar britânico de 29 anos havia acabado de atirar contra os inimigos quando uma granada jogada pelos insurgentes passou pelo seu comandante e caiu a 30 centímetros de seus pés.
O jovem soldado, nascido na Nova Zelândia, tomou a decisão em uma fração de segundo de salvar sua vida e as daqueles dois companheiros que estavam no telhado. Ele pegou a granada e a lançou de volta.
"Eu vi a granada, e meu primeiro pensamento foi que sabia que teria de tirá-la de perto de nós. E meu segundo foi 'eu só espero que isso não doa muito'"
Fuzileiro James McKie
"Eu vi a granada, e meu primeiro pensamento foi que sabia que teria de tirá-la de perto de nós. E meu segundo foi 'eu só espero que isso não doa muito'", narra o soldado, com um sorriso tímido no rosto, à repórter da BBC Caroline Wyatt.
"Quando eu peguei a granada, meus pensamentos estavam com os outros que estavam comigo - o capitão Graeme Kerr e o soldado Holtman", comentou.
"Nós havíamos perdido o cabo Green no dia anterior. Eu não queria passar por aquilo de novo, e não estava preparado para ver outro companheiro do nosso pelotão se ferir. Eu preferia que acontecesse comigo do que com outra pessoa. Então, me joguei em direção à granada e a lancei para fora do telhado", narrou à BBC.
Amigos perdidos
No combate do dia 3 de março, o capitão Kerr teve uma das pernas ferida por estilhaços. O fuzileiro McKie e seu companheiro conseguiram carregá-lo para fora do telhado, juntamente com sua metralhadora. Enquanto isso, mesmo ferido, o capitão continuava se comunicando com o resto da unidade pelo rádio, em busca de uma forma de chegarem à base para escapar dos tiros.
Extraordinariamente, os únicos ferimentos que o soldado sofreu naquele dia foram arranhões no braço e no rosto causados por estilhaços. Dois curativos em sua bochecha esquerda são as marcas mais visíveis daquele dia.
Ele insistiu em permanecer com sua unidade e seguir com seu trabalho, até que seu comandante lhe ordenou que fosse buscar atendimento médico na base.
Ao longo dos últimos seis meses de conflito com o Talebã, ele e seus colegas já tiveram de lidar com as mortes de diversos amigos próximos.
"Eu gostaria de poder dizer que fica mais fácil com o tempo. Meu pelotão de reconhecimento já teve quatro mortos e eu sou o oitavo ferido", conta McKie.
"É o equivalente aos óbitos de uma companhia inteira em apenas um pelotão. Mas você segue em frente. É realmente bom quando você tem todos à sua volta. Quando o time está junto é como se nada pudesse tocar você".
"Você adquiri esse estranho sentimento de que quando voltar para a Grã-Bretanha, eles ainda estarão lá e vão entrar pela sua porta. É como se eles não tivessem realmente partido. Mas quando você está sozinho, é horrível. Aí você sabe que eles se foram mesmo."
Fuzileiro James McKie
"Você adquire esse estranho sentimento de que quando voltar para a Grã-Bretanha, eles ainda estarão lá e vão entrar pela sua porta. É como se eles não tivessem realmente partido. Mas quando você está sozinho, é horrível. Aí você sabe que eles se foram mesmo", conta o soldado em voz baixa.
Pronto para voltar
O fuzileiro McKie está no Exército britânico há apenas um ano, mas seus fuzis enfrentaram em apenas seis meses o equivalente a uma vida de trabalho militar.
Agora ele está a apenas três semanas de encerrar sua jornada no Afeganistão, mas já está ansioso para voltar a Sangin depois de retornar ao seu país, para se juntar novamente aos seus amigos e continuar o trabalho deles.

por que me chamou a atenção? Por que?________________________________________
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2010/03/100309

segunda-feira, 8 de março de 2010

A presença

Nehum de nós se encontra sózinho neste momento.

por onde quer que nossos olhos vaguem encontramos sinais da presença.

A presença é muito importante e deve ser notada.
A presença encontra-se neste momento aqui entre nós, e se manifesta no mesmo momento em que nos colocamos alertas para percebê-la.

Ela está.
Está sempre aqui entre nós,
nos tornando unidos com o que é terno e totalizante.

Ela é.
É sempre a forma como nós a identificamos, como nós a reconhecemos e trocamos.
Mantendo sempre o maior contato possível.

A presença se move junto conosco para todos os lugares.
Como a sombra, mas muito mais do que isto.
Como a luz do Sol e da Lua,
que promovem a existência da sombra que nos acompanha.


Olhando ao redor temos muitas maneiras de identificá-la.

Olhando ao redor, e em uma espiral, voltando os olhos para o centro onde nos encontramos.

A presença envolve a espiral, o centro e a elevação da espiral,
em rotação e alargamento do giro
a partir do momento e existência central.

Estou aqui, em giro espiral contínuo e elevatório.

Giroscópicamente equilibrando-me neste movimento contínuo,
que abarca os movimentos da minha pessoa, da terra, do sistema solar,
da Galáxia e da expansão do Universo.

A presença move-se por todos estes caminhos, em todos estes caminhos.
E continua expandindo-se e alimentando o maravilhoso espaço e tempo
criado pela sua presença.
Sem ausência, nunca.

sábado, 6 de fevereiro de 2010


Fortaleza

Lenta e deliberadamente me introduzo na fortaleza.



Sonolentos, os guardas nem parecem notar este vulto que passa por entre as grades, e se encaminha para o mesmo lugar onde outrora estivera.


Estou aqui novamente.



Vi o céu estrelado fulgurando entre as árvores, na imensidão da planície.
Mas tudo o que percebia eram os gritos daqueles que deixei, encadeados, suplicantes, desfigurados.
Aqueles que ficaram para traz.







Lenta e deliberadamente me introduzo na fortaleza após minha fuga.
Sonolentos, os guardas não não percebem que retorno.







Vi belas e lindas montanhas, o ar limpo e fresco da manhã.


Tomei o leite oferecido por uma camponesa.


Mas o que ficava em meu coração era o odor fétido daquela pocilga, do miasma dos vários encarcerados, do restolho imundo jogado por sentinelas cruéis para satisfazer apenas seu prazer em nos manter vivos na agonia.


Olhei então para trás, e percebi que tudo aquilo que poderia trazer um sentido para meus camaradas só o meu testemunho poderia dar.
Retornando a prisão eles poderiam se alegrar com os relatos dos campos,
das imensas florestas que vi, da delicadeza das camponesas
e de como sussurravam sobre o fim próximo da tirania.


Tomei o rumo daquele lugar de tanto horror.
Esgueirei-me pelos corredores malditos até tomar meu lugar de outrora.

Sonolentos, os guardas nem notaram.


Agora estou aqui novamente.
A certeza das mais belas visões trazem alívio a meus camaradas.

Fico, e os levo a perceber o melhor estratagema para a fuga.
Aos poucos, um a um eles se evadem,
seguindo a mesma trilha por entre os muros,
que percorri para longe desta fortaleza.


Integram a multidão lá fora ,que pouco a pouco trama a queda do tirano.

Eu, por mim, estou aliviado. Serei o último quando as portas e os muros forem derrubados e a libertação existir de fato para todo este povo.


Poderia ter me contentado com minha boa sorte de descobrir o caminho,
e deixar para trás todos eles.
Mas então, de que valeria a liberdade?


Assim, aqui me alimento dos mesmos restos e respiro o mesmo ar pestilento.
Dentro de mim, para aqueles quem me ouvem, falo da verdadeira
alegria de ter saboreado a liberdade, da esperança de reconquistá-la .


Os guardas nunca compreenderiam.
Os guardas...

Sonolentos os guardas não percebem...