Arte pelo caminho
Desenho traços à margem direta
do Riso
que
emerge
de mim mesmo
Vejo ao longe
borbulhante
a onda que passa
em meu destino
Ah
firmo,
a mão
o traço,
que embaixo
extrai de mim
meu próprio nome
Agora sou eu
Eu mesmo
Não além de mim
nem aquém
Essencial no caminho
desvendo o linho
da tela
ao suave toque
do amor
da aquarela
Vejo linhas
brilhantes
distantes
presentes
dos meandros
de minha vida
No entanto
paro por mim mesmo
Paro a esmo
Cobrindo os traços
das pegadas ao lado de mim
Alguém
que não é só...
E alguém que traça as linhas
eu mesmo
Sem saber o traço os traço
Vejo além
o contorno de alguém
Tipo infinito
como sempre
pinto
Alguma coisa sucede
a
mim
Algo
que vai além
e se desdobra
no espaço
entre duas linhas
nota musical
no caderno
de minha imaginação
Sempre lá
mas incógnito
Quero descobrí-lo
mostrar a todos
o que afina o violino
tinto
tinto
das cordas fundamentais
da Física
Do físico
Fica
o
Fico
parado
olhando
ante a visão
estranha
da entranha do meu ser
Fica a memória
que se esquece de tudo
para
parar
em
eu
mudo
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