segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Convento















Era tudo
ruínasTransitórias ruínas
do passado
que foi

Como o
ar
que aflora

nas escamas do peixe

Que um dia
foi trazido
ao longe
do mar


Ar que
respiramos

Então
ama

Esquece o passado

Ruínas
de então

sem visão

do que foi
outrora

um convento
com amoras

com pêssegos
no jardim

e monjas

trazendo
preces

aos que encontravam

no caminho
a prece do ausente
Deus


será mesmo Deus?

ao
ouvir
as preces

Será o mesmo Deus
que trouxe
o terremoto
de Lisboa?

Antes foi o fim

agora lembra

o que foi

Em ruínas
de antiga
mente

destruidas
por um 
destino
que a todos
ilude

Amiude
se faz presente

o que nós queremos

mas deveras
traz 



nestes traços

de cadarços
de sapatos

que foram
de um menino

olhando

ao céu

o estrago
do terremoto



Cadarço

em ruínas
de uma bola
de fogo

encontro conforto
neste Deus
que ilumina

a ruína
que fez 

de
 nomes
se desfez

de pessoas
talvez

Eu aqui

escrevo

e mesmo assim

não confio

em mim

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