sexta-feira, 15 de agosto de 2014

eU




Eu
eu mesmo
absoluta 
mente
distante 
da razão

Errante
marinheiro
sem barco

Alvo
de arco
de cupido
 sangrento
lento

lerdo
sou eu
lendo

não consigo ver


Percorro terras
espaços
infinitos
ínfimos
no carregar
de minha espera
de eras

Aflito 
comigo

um amigo me disse
você é
quem
você
é

Eu sou quem eu sou

Quem eu Sou?

Se tudo
fosse assim

se me lembrassse
de mim

Mas me perco
distante
procurando
o que está
aqui

Aflito
comigo mesmo
eu mesmo
por não achar
alguém,
ninguém

que me acuse
da verdade
e versatilidade

do que  aumenta
o ritmo
do que escrevo

Não sou
eu

sou eu mesmo

Mesmo distante
que me da 
a ilusão
de ser tão
amoroso
com
gosto
do que gosto

comigo mesmo

Não me sinto 

sou só

Acabrunhado
como meu
pai
ausente
em uma cerveja
num bar
de aldeia

Metrópole


Num punhado
de ameaças
trapaças desgraças
do coração


Amo
o que consigo
ver
e me alegro
em não ser

Mas nada
faço
eu mesmo

com o que tenho
almejo


comigo
num abraço
a beira
mar
sem mar
ou
há mar?


Apenas 
arroz

deste
em
casamento
entre o ser
e o tal
qual
sou
eu


Sou eu mesmo

Além demim
nada
en
fim

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