Eu
eu mesmo
absoluta
mente
distante
da razão
Errante
marinheiro
sem barco
Alvo
de arco
de cupido
sangrento
lento
lerdo
sou eu
lendo
não consigo ver
Percorro terras
espaços
infinitos
ínfimos
no carregar
de minha espera
de eras
Aflito
comigo
um amigo me disse
você é
quem
você
é
Eu sou quem eu sou
Quem eu Sou?
Se tudo
fosse assim
se me lembrassse
de mim
Mas me perco
distante
procurando
o que está
aqui
Aflito
comigo mesmo
eu mesmo
por não achar
alguém,
ninguém
que me acuse
da verdade
e versatilidade
do que aumenta
o ritmo
do que escrevo
Não sou
eu
sou eu mesmo
Mesmo distante
que me da
a ilusão
de ser tão
amoroso
com
gosto
do que gosto
comigo mesmo
Não me sinto
só
sou só
Acabrunhado
como meu
pai
ausente
em uma cerveja
num bar
de aldeia
Metrópole
Num punhado
de ameaças
trapaças desgraças
do coração
Amo
o que consigo
ver
e me alegro
em não ser
Mas nada
faço
eu mesmo
com o que tenho
almejo
comigo
num abraço
a beira
mar
sem mar
ou
há mar?
Apenas
o
arroz
deste
em
casamento
entre o ser
e o tal
qual
sou
eu
Sou eu mesmo
Além demim
nada
en
fim
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