quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Convidamo-lo a criar um "Lugar Sagrado" no seu dia e a passar dez minutos a rezar, aqui e agora, em frente do computador, com orientações no ecrã e com a leitura escolhida especialmente para cada dia

Para pensar e rezar durante esta semana

Pontos de junção
Os primeiros Celtas viviam próximo do mundo dos espíritos. Dotados de imaginação, achavam fácil passar a linha entre o nosso mundo e o mundo do invisível. Diziam frequentemente que entre o céu e a terra só há um metro - e menos ainda nos "pontos de junção"! A expressão "pontos de junção" pode ajudar-nos a dar nome àqueles momentos em que somos como que aspirados para fora de nós próprios, para entrar em relação com o Mistério: este irá ultrapassar-nos sempre, apesar de querer o bem para nós.
Este tipo de experiências não é nada surpreendente. Porque, afinal de contas, toda a Criação é habitada pelo divino. O divino cerca-nos por todos os lados e, embora seguindo modos imprevisíveis, manifesta-se aos nossos olhos, se quisermos ver bem. Frequentemente, o véu entre o mundo de Deus e o supostamente "nosso", afasta-se por um instante, deixando-nos entrever o "outro lado". 
Thomas Merton relembra-nos, e bem, que a porta do céu está em toda a parte. Momentos de beleza, campos selvagens, montanhas solitárias, um pôr-do-sol deslumbrante, noites estreladas ou mesmo um mar furioso: tantas visões que podem subjugar-nos. Sobre outro plano, apaixonar-se pode revelar-nos um mundo novo. Ou então, o divino manifesta-se através dum sorriso, do dedo minúsculo dum bebé, da beleza humana, dum comentário agradável, dumas notas de música. Tal como através da cara dum mendigo, dos olhos duma criança com fome, da morte de alguém de quem gostávamos. Todas estas coisas podem também abrir a porta dos nossos corações. Estejamos atentos a tais "pontos de junção", porque Deus dá-se a conhecer através de todas as coisas. O próprio Lugar Sagrado remete-nos diariamente para Jesus, em quem o humano e o divino comungam na perfeição numa só Pessoa.

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