quarta-feira, 26 de março de 2014

Tarde

BBC

O olho
a noite

Percruta o olhar
de quem escuta

Escrita a dúvida
nasce o ódio
de mim mesmo
a esmo

Destrói carreiras
de tijolos
assentados no vão
da varanda

Salta aos
olhos
o que permanece
na mente

Vai esvaindo
cansado
o dardo

Arremessado
pelo arco
da morte

Eco do ódio
raiva e lamento

Estar assim
oprimido 
pelo
sentido


Ouso dizer
que não é
meu

Afasta-te de mim
afasta-se o fardo

Já não ódio

cansaço

De tardes sem fim
no calor esmaecido

da poeira na
janela

Em vendo então
o que sente
olho de novo
na mente

Tive ódio

passou

Agora o tédio

da raiva contida

desta prisão

 minha mente



Assim contente

por contentar a mim mesmo

Assoo o nariz
sem mágoas

só tristezas
de emoções
vãs

que vão
de contrário
ao mim mesmo

Seja então
o fim que fiz
para sentar na nuvem
da eternidade
à tarde
sentindo




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