O olho
a noite
Percruta o olhar
de quem escuta
Escrita a dúvida
nasce o ódio
de mim mesmo
a esmo
Destrói carreiras
de tijolos
assentados no vão
da varanda
Salta aos
olhos
o que permanece
na mente
Vai esvaindo
cansado
o dardo
Arremessado
pelo arco
da morte
Eco do ódio
raiva e lamento
Estar assim
oprimido
pelo
sentido
Ouso dizer
que não é
meu
Afasta-te de mim
afasta-se o fardo
Já não ódio
cansaço
De tardes sem fim
no calor esmaecido
da poeira na
janela
Em vendo então
o que sente
olho de novo
na mente
Tive ódio
passou
Agora o tédio
da raiva contida
desta prisão
minha mente
Assim contente
por contentar a mim mesmo
Assoo o nariz
sem mágoas
só tristezas
de emoções
vãs
que vão
de contrário
ao mim mesmo
Seja então
o fim que fiz
para sentar na nuvem
da eternidade
à tarde
sentindo
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