quarta-feira, 19 de novembro de 2014


Vejo o dia 
de hoje

como um
amanhã
sem sol

Vejo o dia 
de amanhã

com resplendor
de um ato

digno
de fazer

feliz
no ocaso

de minha vida
perdida

Sou triste

nesta primavera
bela

Sou triste

no

que aparece


ser conversa
como
 absoluto

Quem sou eu
afinal

Um bêbado
sedento
da vida?

Uma prosa

 feita

sem saber
o que dizer?

Seja lá

o que for

sou morto
por
dentro

aflito
resignado

Na primavera

eu enlouqueço

esqueço
de mim mesmo

Sei que
parti

e duvido que
volte

A morte 
me espera

aguento o
 sofrimento
de eras


Estou só

muito só

Entre árvores
e formigas
por quem alimento
a intangível

volta no olhar


apenas estar aqui

escutando
a fragata
no mar

apenas estar




Fui aderente

ao meio
em que vivi

fui ausente
ao meio a que vivi

isto
mais nada





Estou em 

algum lugar

para ligar

isto a isto

que fiz de mim

na ausência

de eu mesmo

Um comentário:

  1. Não fique só,
    Porque só é aquele
    Que não encontra
    O fio da meada,
    Olhe para trás,
    Siga o fio condutor
    De sua jornada
    Ouça bem o som
    Da sua caminhada,
    Passo a passo
    O som
    A trilha da sua vida!

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