terça-feira, 14 de maio de 2013

O que fazer?

                                                                                                       NASA




O vento soprando sobre estas paragens
relembra meu início
há muitos e muitos 
anos

Quando ainda me encontrava preso
a esta vida

O amor era algo
inevitável para mim

Mas quando enfim
o alcançaria?

Num determinado dia
ao longo da minha infância
o sentido nasceu

Do vento
a lembrança da eternidade

Perdida e buscada
a eternidade se tornou
o ponto para mim

Aquela de onde vim
e retorno

Há muitos e muitos tempos
perdidos à distância




A ideia gerou em mim
a ambição de poder explicar

O fim estava a Kilometros
de distância

Mas a verdade surgiu

inesperadamente



O meu universo se altera
é inevitável

Mas as lembranças 
são repetidas
em continuum


A morte não existe

Separa as eras 
e as memórias

Mas não existe

Nem há existência sem ela



Existe
multiplica 
e adiciona
ao ato
a
criatividade

Atua sobre
e adiciona ao ato
a criatividade

Atua sobre o indivíduo
e a humanidade

Importa

Mas sem o desejo
obscuro
de distrair
o mistério



A beleza de criação
não explicá-la
 é
amor


O entendimento se altera
com a pergunta

é o início
que prenuncia o fim


Aos que amam
 a verdade
é passada
além do mistério
das vozes ao vento

Além do mar
está o domínio do mar

sobre as ondas paira o silêncio da morte


Nunca houve ser humano

não Crístico

capaz de humilhar ao outro
sem ignorar sua própria
essência

Estas palavras,
Estas palavras

Não são ditas 
com o sentido pleno
da verdade


Refeito a partir de uma escrita de 9/11/99




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