O vento soprando sobre estas paragens
relembra meu início
há muitos e muitos
anos
Quando ainda me encontrava preso
a esta vida
O amor era algo
inevitável para mim
Mas quando enfim
o alcançaria?
Num determinado dia
ao longo da minha infância
o sentido nasceu
Do vento
a lembrança da eternidade
Perdida e buscada
a eternidade se tornou
o ponto para mim
Aquela de onde vim
e retorno
Há muitos e muitos tempos
perdidos à distância
A ideia gerou em mim
a ambição de poder explicar
O fim estava a Kilometros
de distância
Mas a verdade surgiu
inesperadamente
O meu universo se altera
é inevitável
Mas as lembranças
são repetidas
em continuum
A morte não existe
Separa as eras
e as memórias
Mas não existe
Nem há existência sem ela
Existe
multiplica
e adiciona
ao ato
a
criatividade
Atua sobre
e adiciona ao ato
a criatividade
Atua sobre o indivíduo
e a humanidade
Importa
Mas sem o desejo
obscuro
de distrair
o mistério
A beleza de criação
não explicá-la
é
amor
O entendimento se altera
com a pergunta
é o início
que prenuncia o fim
Aos que amam
a verdade
é passada
além do mistério
das vozes ao vento
Além do mar
está o domínio do mar
sobre as ondas paira o silêncio da morte
Nunca houve ser humano
não Crístico
capaz de humilhar ao outro
sem ignorar sua própria
essência
Estas palavras,
Estas palavras
Não são ditas
com o sentido pleno
da verdade
Refeito a partir de uma escrita de 9/11/99
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