Coruja
conjuro
a vóz
de todos os cânticos
Aquele que um dia aprouver
de conhecer melhor
o que está por vir
Há de adquirir
o espírito completo
Inefável
Concreto
Que desta realidade mística
não mistifica
Traduz o novo
do outro lado
intacto
Acaso te lembras
de Atenas?
E não percebe hoje
que os gregos mitos
são descritos
pela ciência?
Prometeu do fogo
rompeu com os deuses
tornou-se um deus
Acaso as ciências
filhas da filosofia
são constetadoras destes
mitos
tão antigos?
Percebem elas
que mitos trazem verdades eternas
à mente
do homem
Adivirto
o homem não vive sem mitos
nem virtus
A todos os capazes
Cabe buscar a lenda
Nas calendas tecidas
dos fios de Ariadine
ou Helena
Deslindando a trama
descobrindo ao lado
o Eldorado
Cantando para sirenas
nas veias da capital
Atenas
Revelar Titãs
contemplar manhãs
decifrar Esfinges
fazer
ser
Morrer
Contemplar
astros
Criar figuras
as tuas
Pois Gregos e Troianos
Chineses e Maias
e Babilônios
Criaram as suas
Tantos verdes
vedes
No paraíso
com ambrosia
Ver de verdade
o antigo
Ver o vento da árvore
com a batida quedada
no romper da aurora
outrora um belo Carvalho
Hoje semente de Bambú
E tu?
Já viste
o Olimpo?
Falaste com as musas,
tecestes com as Moiras?
Grande Jasão
segue então
A tua procura
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