Notícias
tão
banais
Como
a certa manhã
um morto
morto
em
minha cama
Não era
eu
acredito
parecia comigo
tinha asas amarelas
de desejos
que se foram
Tinha um gosto
esquisito
no caminho
que
fez o
sangue
esparramando
o
lençol
com tampas
de pedraria
destas que
se veêm
em geladeiras
no céu
Tinha anzóis
pendurados no pescoço
mas era
um moço
morto
que nem eu
que fui
ao banheiro
peguei a
navalha
e tracei
um arco
no espaço
tentando cortar
o que acho
que devia
ao barbeiro
De sangue
saudei
a chuva
do inverno
pois sangue no inverno
caindo em gotas
na neve
tráz a lembrança
suave
de noites
de frio
Então a notícias
se expos
nua e crua
verdadeira
e inteira
nos pés
da rua
ao lado
do
jornal
enrolado
no peixe
que comeu o anzol
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