Corte
a morte
faça
em pedaços
a vida
trânsmita
ao que
vê
a sensação
de ser
o que não acontece
enaltece
o vão
entre
as estrelas
definha
assim
o próprio
ato
de viver
a morte
vem
e o corte
também
Na etérea
vida
espera
Sem este
caos
de esfera
Destrua tudo
que
há
em você
o que vê?
o vazio
O eterno
sem tempo
templo
do bem
estar
no ar
Como vácuo
num cálculo
de matemática
simbólica
no trânsito
deste planeta
em que não se vive
em corte
da morte
sem asas
para o
ar
sem pedras
para andar
sem mitos
sem cavernas
apenas
as eternas
musas
das primaveras