quinta-feira, 3 de julho de 2014

Nada a declamar

NASA

Mais nada
a declamar
Galáxias no ar

O que mais
dizer
a não ser
o que sou?

Poeira 
de estrêlas

ausentes frescuras
pois carregadas
na mão futura
se tornaram
germes de aço

no infinito
espaço

que separa minha casa da sua

Escuta
eu

o que tenho a dizer

escutar
eu

o que vou fazer

Vou marcar
um tempo
no infinito
 e dizer que além
não há mais 
ninguém

Estou amando
o cadafalso
de minha existência

penduro-me
da corda

que baloiça
como caravela
no espaço

termina
o traço

Nenhum comentário:

Postar um comentário