Mais nada
a declamar
Galáxias no ar
O que mais
dizer
a não ser
o que sou?
Poeira
de estrêlas
ausentes frescuras
pois carregadas
na mão futura
se tornaram
germes de aço
no infinito
espaço
que separa minha casa da sua
Escuta
eu
o que tenho a dizer
escutar
eu
o que vou fazer
Vou marcar
um tempo
no infinito
e dizer que além
não há mais
ninguém
Estou amando
o cadafalso
de minha existência
penduro-me
da corda
que baloiça
como caravela
no espaço
termina
o traço
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