Vertente
água
corrente
Transfigura
rios
destrói
ninhos
Acalma água
não transfigura
a alma
tráz torrente
quente
em remoinho
rodando
flutuando
na estante
de meus
livros
frios coquetéis
de palavras
em viéz
Sem dor caminho
na água
vertente
da mente
Dor mente
acesso
aos
caminhos
de ferro
palavras sem nexo
Atitudes de seres
Alguém de além
do modo de ser
que procura ter
ausência no ser
Assim com
outro
gosto de mel
da água caliente
desta fonte
ardente
É viver
a esmo
de mim
mesmo
Esperando enfim
A Glória eterna
Pudera
Sei quem sou
autor
que
mina
a vida
de
minha vida
Nada é obrigatório
Sensório
à
palavra escrita
descrita
no papel azul
deste
Sul
da América
nesta frase sem demora
sem fim
quase ausente
da mente
A água
de fato
tento tanto
tendo tato
para bebê-la
paladar
para contê-la
Vai ao mato
veja a fonte
desloca a ponte
entre mim mesmo
eu mesmo
e voçe
mesmo
que me una
a ti
nesta ausência
desmedida
da partida
em um trato
feito a amarra
deste navio
que sobe
o plácido
rio
até
a fonte
da memória
Não vejam a água
vejam a gota que desagua
no infinito
mar
do além
Sem lei
apenas
rotina
deste
dia a dia
deste estar ao lado
debaixo
d'agua
amarga
quando desce
o rio
que engrandece
a força
da chuva
na escuta
da sirena
podendo ser a amante
perdida
desta
vida
Além
Muito Além
será devolvida
a margem
esquerda
do rio que passou
e esgotou
a alma perdida
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