terça-feira, 1 de julho de 2014

D'agua

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Vertente
água
 corrente

Transfigura
rios
destrói
ninhos

Acalma água
não transfigura
a alma

tráz torrente
quente
em remoinho
rodando

flutuando
na estante
de meus
livros

frios coquetéis
de palavras
em viéz

Sem dor caminho
na água
vertente
da mente



Dor mente
acesso
aos
caminhos
de ferro

palavras sem nexo

Atitudes de seres

Alguém de além
do modo de ser
que procura ter
ausência no ser

Assim com
outro
gosto de mel
da água caliente
desta fonte
ardente

É viver 
a esmo
de mim
mesmo

Esperando enfim
A Glória eterna

Pudera

Sei quem sou

autor 
que
 mina
a vida
de 
minha vida


Nada é obrigatório

Sensório
à
palavra escrita
descrita

no papel azul
deste
Sul
da América

nesta frase sem demora
sem fim

quase ausente
da mente

A água
de fato
tento tanto
tendo tato
para bebê-la

paladar
para contê-la

Vai ao mato
veja a fonte
desloca a ponte

entre mim mesmo
eu mesmo
e voçe

mesmo
que me una 
a ti

nesta ausência
desmedida
da partida
em um trato

feito a amarra
deste navio

que sobe 
o plácido
rio

até
a fonte
da memória

Não vejam a água 
vejam a gota que desagua
no infinito
mar
do além

Sem lei

apenas

rotina

deste
dia a dia

deste estar ao lado
debaixo
d'agua

amarga
quando desce
o rio
que engrandece

a força
da chuva
na escuta
da sirena



podendo ser a amante
perdida
desta
vida

Além

Muito Além

será devolvida
a margem
esquerda
do rio que passou
e esgotou
a alma perdida


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